segunda-feira, 30 de maio de 2011

Legalização da MACONHA

Aqui no Brasil, as pessoas tomam um susto quando ouvem a palavra MACONHA, não sei porque. Vivemos numa sociedade assumidamente usuária de drogas, são comercializadas livremente, consumidas com orgulho, e várias delas são consideradas símbolos de status e sofisticação. Basta pensar num vinho ou uísque caríssimos, e você vai entender. Uma quantidade imensa de pessoas conta com orgulho dos porres que toma ou de quantas caixas de cerveja aguenta antes de cair. Propagandas na TV aberta endeusam o ato de beber, e já que estamos falando em endeusar, o álcool em forma de vinho é tratado como uma bebida sagrada por meia dúzia de religiões. Isso pra não falar das várias formas de se fumar nicotina e associar isso a status.
É fato histórico que todo o movimento de criminalização da maconha nasceu nos Estados Unidos fortemente inspirado por uma campanha de preconceito e difamação contra os mexicanos e latinos em geral. Enquanto os "cidadãos de bem" da elite branca se drogavam com seus uísques e charutos, se esforçaram com grande sucesso para marginalizar a droga usada pela sub-raça dos imigrantes latinos. E o esforço foi tão bem sucedido que o mundo inteiro acabou comprando essa idéia hipócrita. Inclusive nós mesmos, os próprios alvos do preconceito, do alto do nosso eterno complexo de vira-latas, abraçamos a causa. "Ah, mas maconha é proibida porque faz mal a saúde". Provavelmente, verdade. Existem incontáveis estudos tentando definir o quanto mal ela faz, e discussões acaloradas se ela é menos ou mais prejudicial que o cigarro, a cerveja ou a jujuba de morango, mas sinceramente é uma discussão irrelevante.
Para simplificar a argumentação, vamos apenas presumir que a maconha faz mal, e que faz bastante mal à saúde. A pergunta que fica é: "E daí?" Só pra não ficar preso à comparação com álcool e cigarro, vamos mudar de assunto pra algumas coisas ainda mais "inofensivas". Chocolate faz mal. Carne de porco faz mal. Coca cola faz mal. Açúcar faz mal. E aí? Vamos sair proibindo tudo isso? Vamos invadir supermercados, prender fazendeiros nos canaviais, e indiciar aquela sua tia gorda diabética como receptadora de tráfico da Nestlé? Não! Não vamos! Vivemos numa sociedade supostamente livre, e cada um tem o direito de destruir a sua própria saúde como bem entender.
Você já parou pra pensar que uma grande, uma enorme, uma imensa parte da criminalidade é sustentada e viabilizada pela proibição das drogas? Já parou pra pensar que se vendessem maconha na padaria, uma grande maioria dos traficantes não ia ter o que vender e que, não tendo o que vender, eles não teriam dinheiro para comprar metralhadoras, fuzis, granadas e subornar policiais? Então, como conseqüência da criminalização todo mundo, usuário ou não, é obrigado a conviver com uma explosão de criminalidade que gira em torno e se sustenta do tráfico. Todos pagamos com a nossa própria qualidade de vida e segurança para sustentar o puritanismo da elite legislante.
Sinceramente, você já parou pra refletir no que há de errado no jeito que funciona hoje a legislação relativa ao cigarro? As fabricantes de cigarros são empresas legalmente constituídas, pagam seus impostos, geram empregos honestos, movimentam a economia formal, contribuindo para o desenvolvimento do país. A população tem todo tipo de alerta e campanha educativa informando dos males do cigarro ao seu alcance. Aquele que apesar de todos os avisos quer continuar fumando mesmo assim, tem todo o direito de exercer sua estupidez sem ser marginalizado.
Com a legalização, ganham todos - o governo, com mais arrecadação e menos gastos; o usuário, que pode exercer seu vício sem se relacionar com o crime organizado; o não-usuário, que não precisa ficar exposto à violência e criminalidade relacionadas ao tráfico. 

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Eu te gosto e te convido a provar

Vejo você me olhando como se tivesse algo a falar.
Mas, não diga, prefiro que você faça.
Sinta a brisa e o ar parece correr por aqui, eu não quero estragar tudo isso agora.
Você ta sentindo do jeito que eu sinto, e sente calor (calor).
Te convido a provar.
...Não me olhe da cabeça aos pés, pois terá outra coisa que você vai adorar conhecer.
Não sinta a timidez, eu não sirvo pra isso.
Te convido a provar.
 

Ser assim.


Não sou nem um pouco amigável, detesto rotina. Acho que é por isso que tenho poucas amizades. Prezo muito pelo meu espirito, gosto de me sentir bem, se eu estiver em algum local em que aquela situação não esteja me agradando... Pode até ser falta de educação, mas me reitiro de lá. Acho afrodiziaco o mistério, dá mais prazer. Tenho medo de envelhecer e não aproveitar minha juventude. Me sinto mil vezes melhor errando duas vezes do que acertando sempre.

A dor

A dor é uma coisa estranha.
Um gato que mata um pássaro,
um acidente de automóvel,
um incêndio...

A dor chega,
BANG,
e eis que ela te atinge.

É real.

E aos olhos de qualquer pessoa pareces um estúpido.
Como se te tornasses, de repente, num idiota.

E não há cura para isso,
a menos que encontres alguém
que compreenda realmente o que sentes
e te saiba ajudar...
 
Charles Bukowski

terça-feira, 24 de maio de 2011

Pássaro Azul - Bukowski

“Há um pássaro azul no meu coração que quer sair, mas eu sou demasiado duro para ele, e digo, fica aí dentro, não vou deixar ninguém ver-te.
Há um pássaro azul no meu coração que quer sair, mas eu despejo whisky para cima dele e inalo fumo de cigarros e as putas e os empregados de bar e os funcionários da mercearia nunca saberão que ele se encontra lá dentro.
Há um pássaro azul no meu coração que quer sair, mas eu sou demasiado duro para ele, e digo, fica escondido, queres arruinar-me?
Há um pássaro azul no meu coração que quer sair, mas eu sou demasiado esperto, só o deixo sair à noite por vezes quando todos estão a dormir. digo-lhe, eu sei que estás aí, por isso não estejas triste. depois, coloco-o de volta, mas ele canta um pouco lá dentro, não o deixei morrer de todo e dormimos juntos assim com o nosso pacto secreto e é bom o suficiente para fazer um homem chorar, mas eu não choro, e tu?”

Bukowski

Futilidade

Pra quê? Se apegar tanto em coisas fúteis e não utilizaveis? Porque essa mania do ser humano de julgar alguém baseado naquilo que ele tem, que ele compra. Aonde vamos parar? Discordia por todos os lados, a polícia abusando do poder, os políticos fingindo não estarem vendo nada, e sempre fingindo e fingindo e fingindo estar tudo bem. Eu gosto da naturalidade das coisas, naquilo que se é de essencia, que se torna especial só por ser algum sentimento, que se forma, que se cria com o tempo, aquilo que é verdadeiro. Desde pequena, fui acostumada e criada de uma forma para que não me importasse tanto com bens materiais, e deu certo. Sei lá porque, odeio celular, computador, televisão, tudo bem, é necessário, mais, meu objetivo de vida é daqui alguns anos, viver do meu trabalho, só estudando e andando pelo mundo, SEM COMUNICAÇÃO, só eu e eu. Vou pra Bahia viver sem luz e a base de água fria, em frente a praia, ou pode ser em alguma cidade que tenha cachoeira por aí, São Thomé! hahaha,  viver lendo e ajudando as pessoas, acho que não deve existir coisa melhor que isso. Como diz meu amigo: "não quero mais ser escravo da sociedade!". Quero minha liberdade, minha apologia é contra o tráfico. Contra arma na mão de criança. Contra a ganância da política. Contra a hipocrisia e à favor do debate. E assim vou vivendo a vida...

segunda-feira, 23 de maio de 2011

I wanna keep you in my life

Puta vida. É complicado. Eu sou do tipo da pessoa que fica tentando se controlar o tempo inteiro, mais acho que perdi o controle de novo. Sabe quando você tá com alguém e essa pessoa te faz bem? Você fotografa os momentos com ela da sua cabeça e depois fica lembrando e lembrando e lembrando, então. Sentimento não se controla, ele chega e domina você, não adianta. Tipo, não sou de ligar pra alguém, de ficar com vontade de ver o tempo todo, (quando estou solteira), só que foi diferente, senti vontade de ligar, ver se ele estava vivo, e estava. Meu dia-dia é mais tranquilo até o momento em que minha cabeça me leva até ele. Minha cabeça me trai, a atenção esvanece o frio na barriga... Com tantos sintomas a saudade até parece doença, mas sei que a cura é a sua presença. Esse sábado, fiquei completamente surtada, hahaha, fui embora na hora que o negócio tinha acabado de bater, fui pra casa e lá fiquei, transitando em meus pensamentos, mergulhando na minha cama, com calor, frio, calor, frio, frio, frio... Pelo menos curti, não fiquei mal. Enfim, é recente, mais você anda roubando meus pensamentos. Quero te ter. 



sexta-feira, 20 de maio de 2011

Jack Sparrow

"Eu sou um desonesto, e num homem desonesto pode-se sempre confiar na desonestidade. Honestamente, são os honestos que devem ser vigiados, porque nunca se pode prever quando farão alguma coisa incrívelmente estúpida."
 
 

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Me

Costumo escrever e escrever, mais até hoje, não parei pra falar de mim, Mariana. É uma coisa extremamente complicada pra mim, porque, não consigo me definir, me limitar a uma coisa. De onde vim? Pra onde vou? O que faço aqui? Tenho amigos de verdade? Essas perguntas só serão respondidas ao final de uma vida, mais eu passo a minha vida tentando buscar essas respostas, é tão estranho escrever em 1° pessoa, estou acostumada a escrever SOBRE algo, algum tema, sempre na 3° pessoa. Minha vida real começou quando meus pais se separaram, me deu uma luz, me acendeu os olhos, comecei a enxergar as coisas de uma maneira diferente, porque, comecei a passar por problemas, que, até então, não tinha passado, eu só ia pra escola, brincava com meus amiguinhos, chegava em casa e tinha aquela comidinha deliciosa da minha mãe, tudo pronto, a casa arrumada, derrepente, meu pai se foi, eu não tinha mais aquele beijo de boa noite do meu querido todos os dias, as brigas entre eles me deixaram confusa, foi aí que tudo começou: mudei de escola, fui pra uma escola pública, quando me deparei com uma realidade completamente diferente da que eu estava acostumada a viver, surtei, virei rebelde, me envolvi com os maloqueiros por aí, amizades ridículas, mais tudo isso passou. Mudei de cidade, fui morar com meus avós, nessa época, eu sentia raiva da minha mãe, achava que tudo aquilo acontecia por culpa dela, eu era imbecíl mesmo, mais é engraçado, como o tempo me mudou, ele transforma a gente, só ele mesmo, pra mostrar pra nós próprios que a vida não é como a gente quer, que ela acontece, enfim, voltei pra SP, meu verdadeiro berço, os braços da minha mãe, que, não existe melhor. Comecei a trabalhar, conheci meu ex namorado, que também foi uma parte importantíssima para o meu crescimento emocional, amadureci completamente, descobri que não precisamos de ninguém pra ser feliz, eu já sabia disso, mas, quando estava com ele, era o tipo de uma dependencia sem fim, mais ela chegou ao fim. Sou uma pessoa extremamente racional sabe, prefiro agir com a cabeça do que com o coração, fazer o que, nasci assim, mais gosto de ser assim, consigo tomar minhas decisões no meu tempo, no tempo que eu acho que é certo pra mim. Não gosto de regras, acredito que toda regra tem sua excessão, que, não é porque você namora que necessarimente tem que andar de mãos dadas na rua, que precisa ir pra algum lugar sempre com seu namorado, sai fora, não sou assim, sou acostumada a ser sozinha, gosto de ser sozinha, quando estou com alguém, ajo da mesma forma, só que a diferença é que tenho alguém. Eu acho que cada um tem que ter seu próprio tempo, sozinho, é tão bom quando eu paro pra refletir sobre minha vida, sobre o que ando fazendo, sobre minhas atitudes, então, acho que todos deveriam fazer o mesmo, ter seu próprio tempo consigo mesmo. Hoje em dia, acredito que eu esteja passando pela melhor e mais gostosa fase da minha vida, tem vezes que eu quero fazer logo meus tão esperados 18 anos, mais tem horas que tenho vontade de dar um STOP no tempo e viver isso pra sempre, ter meus amigos, aqueles otários que eu amo tanto, minha mãe linda, meu emprego, que tenho o melhor chefe que se possa imaginar, sei lá, minha adolescencia, todo mundo passa por isso um dia, eu to passando, tá tão bom. Várias experiências, várias decepções, a vida né.  Só sei que, por um minuto, isso tudo, parece não existir, mais existe, estou aqui, viva e feliz, pretendo continuar assim por muitos e muitos anos.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

16/04/2011 I would do it over and over again...

Um dos melhores dias da minha vida. Tudo começou quando eu e minha amiga nos negamos a ir na virada cultural, a gente não tava afim sabe. Fomos pra Augusta, noite quente, gostosa. Chegamos lá e fomos procurar por algum barzinho decente, achamos, pedimos água e eu já tive a idéia de tomar o negocinho, rs, ela concordou, como uma boa amiga. 01h00 da manhã estavamos nós duas com 1/4 na cabeça cada uma, passou 20 minutos, eu falei "essa merda não deu nada, vamos tomar mais", lá fui eu pro banheiro, dividir a outra parte, tomei, ela tomou. Deu 02h00, a gente resolveu ir embora, achando que não tinha dado nada, DOCE ilusão. Conforme eu fui andando na rua, conversando com ela, meu sorriso no rosto era perceptível, eu sentia a brisa do vento batendo no meu rosto, mais até então, não tinha percebido que estava indo pra um universo paralelo, naquela noite, o metrô funcionava a noite inteira, dia da virada cultural, eu lembro que, sentamos nas últimas cadeiras, e eu coloquei o pé pra cima, a gente viu um casal de lésbicas, e eu achei elas lindas e fofas, eu olhava pros lados e via o trajeto minunciosamente, prestei atenção nele todo, e AINDA não tinha percebido a loucura, hahaha. Fomos pra casa dela, entrei no elevador, bateu, tun tun tun. Percebi que estava BEM. Chegamos no quarto dela, a primeira coisa que eu fiz, foi deitar na cama, e olhar pro teto, nesse momento, senti tudo o que há de melhor dentro de mim, sabe, quando a gente fica feliz com alguma coisa, e a impressão que se tem, é que vai explodir? Então. Fui tentar olhar no PC mais não conseguia, aquela luz entrava dentro dos meus olhos, eu não consegui ficar ali, deitei de novo, ela também, ficamos 2 horas rindo, rindo, rindo, rindo, chegamos achar que a luminária do quarto dela, se parecia com os meus peitos. Eu me abraçava, de tão gostosa que tava aquela sensação. O tempo foi passando e a gente não parava de rir, deu 05h da manhã, cansamos e falamos "agora chega, vamos dormir", meu deus, pior coisa que se pode tentar fazer nessa hora, é dormir. A parte tensa chegou, deitei, levantei e disse "Bárbara, TO MUITO LOUCA".. minutos depois, na parede do quarto dela, tem umas maozinhas pintadas, eu olhei e disse "Bárbara, você não sabe, TO VENDO COISA!", aí ela: "CALMA, relaxa, é assim mesmo" e eu entrando em transe, aquela porra bateu tão forte, meus pensamentos davam até nó, minha cabeça esfumaçava, começou amanhacer o dia, e a única coisa que eu queria, era que virasse noite novamente, e que aquilo passasse, já não tava mais aguentando aquela brisa, eterna, eterna, que nunca mais passava, por um momento, pensei em acordar o irmão dela, ir pro hospital, mais desisti de tudo isso porque lembrei de uma pessoa me falando umas coisa, "não tem jeito pra isso, senta e chora!", copos e copos de água foram consumidos, bebi quase o galão inteiro de água, minha mão suava como nunca suou antes, lembro que me sentia minuscula diante daquele mundo todo, não que eu seja grande, ENFIM, me senti menor ainda, me senti impotente. Nessa hora, eu queria ver dia, isso era 6h e minha amiga já tinha dormido, abri a janela na cara dela e enfiei a cara pra fora! Fui pra sala dar uma olhada no mundo, eu precisava ver que o mundo existia, que as pessoas estavam vivas e eu também. Quando a mãe dela acordou, fiquei melhor, vi que o mundo existia, só que eu olhava aquilo e pensava "todo mundo acordando, e eu aqui, virada, estalada." Aos poucos, aquilo foi passando, e meu corpo tava exausto, minha mente cansada, eu estava com umas olheiras péssimas, fui embora, quando sai na rua, tive a melhor sensação do mundo, sensação de libertação, paz. Coloquei meu óculos de sol, fui andando pelas ruas, sentindo aquele calor, sol da manhã, voltei a sorrir, sobrevivi. Foi espetácular. 


segunda-feira, 16 de maio de 2011

Se melhorar, estraga

Faz tempo que não escrevo aqui, é que as coisas foram acontecendo tão rapidamente, que, fui deixando, deixando, deixando...
Sabe quando tudo vai acontecendo de uma só vez, to vivendo tão rapidamente, intensamente, que nem vejo e tempo passar, passei por algumas experiências inesquecíveis! Acho que todo mundo deveria fazer o que eu fiz.
Em um mês e pouco, fiz tanta coisa, descobri tanta coisa, que até eu to impressionada.
Quero fazer mais e mais e mais, porque, to curtindo tanto que não quero parar nunca, acho que os 17 anos são os melhores da vida de alguém, pelo menos pra mim, tá sendo uma idade do CARALHO viu.
To fazendo as melhores coisas, conhecendo 1 trilhão de pessoas, o tempo todo, trabalhando com gente legal, ah, tudo é lindo, sem problemas, sem grilos!
Conforme a gente vai crescendo, vai amadurecendo, vamos passando por fases e fases da vida, conhecendo coisas, enfim, vivendo né, a gente aprende a aprender, que a vida é descoberta, que, nem tudo são flores, mais tudo se resolve, que, os problemas tem solução e a vida... ah, a vida é bela.

"Então, vamos dançar!"