quinta-feira, 2 de junho de 2011

Paranóia

Saio.
Dou comigo na loucura da vida.
Surge em mim, angustiante,
A vontade de ir,
Correr o dia, começar o amanhã.
Os carros em frenesim, vão e vêm.
Sem sentido, sem destino.
Desenfreados, soltando rugidos,
Guiados por dependentes de stress,
Dependentes da vida, em si, enfim.
E cá estou,
No meio desta gente.
Amálgama de credos e verdades.
Sem nexo, por vezes, admito
Mas seguindo o rumo,
Cavalgando no tempo
Como um cavaleiro lutando,
A curar meus medos, minhas angústias.
Vencendo!
Que paranóia esta que me assola.
Humanos inconsequentes,
Que buscamos o que nunca tivémos
E que jamais iremos alcançar.
Somos homens e mulheres
Na luta constante da rotina,
Tentando singrar, lutando... lutando!
Porquê?
Para quê?
Que condição humana é esta?
Diz-me vida!
Que condição é esta?
A que estamos entregues selvaticamente,
De manhã à noite,
Sem respeito...
À noite, bem tarde, já em parte liberto,
Me deito, consciente
Do amanhã diferente.
Não!
Puro engano...
Que paranóia esta!
Acreditar sem ter fé
Nesta condição perdida,
Nesta vida selvagem.
Aqui e ali.
Em todo o lado, eu e tu,
Atropelados sem sentido.
Que paranóia!

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